• Domingo, 28 de abril de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

MPF-MT quer evitar liberação de defensivo para Helicoverpa no Brasil


Quarta-feira, 29 de janeiro de 2014 - 09h17

O Ministério Público Federal em Mato Grosso (MPF/MT) recomendou ao Instituto de Defesa Agropecuária (INDEA) que não autorize a importação e a aplicação de defensivos que contenham benzoato de emamectina, destinado ao combate da lagarta Helicoverpa armigera.


No documento encaminhado ontem pelo procurador da República Felipe Bogado à presidente do INDEA, Maria Auxiliadora Pereira Rocha Diniz, o MPF/MT cita informações de estudos estrangeiros, que apontam o aparecimento de malformações em fetos humanos.


Segundo Bogado, existem outras medidas que podem ser adotadas para o controle da lagarta. "A Embrapa tem desenvolvido um trabalho de informação aos produtores rurais sobre essas medidas alternativas", afirmou o procurador da República, na nota.


Entre as medidas citadas para o controle da infestação estão "o uso de cultivares que restrinjam ou eliminem as populações da praga; vazio sanitário para deixar a terra sem cultivo com períodos livres de hospedeiros; o uso de armadilhas, iscas ou outros métodos de controle físico; além de práticas culturais, como rotação de culturas".


Em novembro de 2013, o Ministério da Agricultura declarou estado de emergência fitossanitária em Mato Grosso. A medida permite a adoção de medidas emergenciais, que incluem a utilização de agrotóxicos que contêm o benzoato de emamectina, substância proibida no Brasil.


A Helicoverpa tem atacado lavouras de soja, milho e algodão no país, e causou prejuízos estimados em R$2,0 bilhões somente na safra passada, a 2012/13. A lagarta já foi detectada nos principais Estados produtores brasileiros, a exemplo de Bahia, Mato Grosso e Goiás.


Ainda de acordo com a nota, as agências de defesa agropecuária do Paraná e de Mato Grosso do Sul atenderam as recomendações do MPF e não autorizaram a importação de defensivos à base do benzoato de emamectina, dada a inexistência de registro no Brasil.


O INDEA tem 15 dias para responder ao MPF sobre as providências a serem adotadas, em atendimento à recomendação.


Fonte: Valor Econômico. Por Mariana Caetano. 23 de janeiro de 2014.



<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>

Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja